A exposição a ruídos de diversão (discotecas, fones, videojogos…) de adolescentes e adultos jovens, tem vindo a ser valorizada, dada a hipótese de perda auditiva naquela população!

A poluição sonora é um grande problema de saúde pública, atual, atendendo ao efeito que pode ter sobre a audição. Mais de 5% da população mundial sofre de surdez irreversível e incapacitante, sendo mais frequente em países subdesenvolvidos ou em vias de desenvolvimento. As causas mais frequentes de surdez são a rubéola, durante a gravidez, as infeções do ouvido e a exposição a ruídos de grande intensidade (+ de 90 dB), muitas vezes de causa profissional, problema frequente no nosso país!

Tem havido um aumento evidente de perda auditiva, em crianças e adolescentes, relacionada com a exposição a ruídos de lazer, devido á frequência e aos níveis de intensidade do ruído, ao ouvir música em bares, discotecas, festas e utilização de fones dos Ipods e telemóveis, entre outros, sem haver preocupação com o tempo e intensidade dessa exposição! Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) cerca de 40% de adolescentes e adultos jovens (12 aos 30 anos de idade) estão expostos a som potencialmente prejudicial.

Sendo assim, os estudos realizados, até agora, revelam que o grau de lesão auditiva está relacionado, não só, com a frequência e duração da exposição sonora, mas também com a sensibilidade individual. A perda auditiva terá repercussões sobre a linguagem e a comunicação deste grupo populacional, comprometendo o seu desenvolvimento cognitivo, cultural, social e profissional.

Sempre que estejamos na presença de um indivíduo, deste grupo de risco, com ou sem sintomas importantes ( zumbidos, sensação de perda auditiva ou ouvido “tapado”…) devem-se realizar exames, que possam identificar as alterações no limiar auditivo, no sentido de prevenir as lesões permanentes.

Fonte: Dr. João Pereira – Equipa COGE